Espanha conquista Mundial de handebol e dinamarqueses falam em "vergonha histórica"

Do UOL, em São Paulo 28.01.13

Jogadores da seleção da Espanha comemoram título mundial após vitória sobre a Dinamarca
ogadores da seleção da Espanha comemoram título mundial após vitória sobre a Dinamarca

A Dinamarca era a única equipe invicta no Mundial de handebol masculino e chegou à final contra a anfitriã Espanha como favorita a conquistar o sonhado primeiro título da competição. Mas os campeões europeus sofreram uma retumbante derrota por 35 a 19, que acabou sendo vista como uma humilhação.

A atitude em quadra da seleção dinamarquesa, dominada do início ao fim pelos "azarões" da Espanha, foi descrita pelo jornal Jyllands-Posten como uma "vergonha histórica". O diárioSporten publicou que a derrota foi "a maior humilhação da história".

Na semifinal do Europeu de 2012, a Dinamarca havia vencido a Espanha na caminhada rumo ao título, e por isso tinha grandes esperanças de finalmente conquistar o primeiro Mundial, depois de ficar com o vice em 1967 e também em 2011, quando perdeu para a França na prorrogação.

Mas a Espanha fez a festa da torcida em Barcelona e foi para o intervalo com uma vantagem de 18 a 10. Com o artilheiro dinamarquês Anders Eggert Jensen anulado pela defesa espanhola, os anfitriões comemoraram no banco junto com o público antes do encerramento quando a vantagem era de 17 gols nos momentos finais.

Foi o segundo título da Espanha no Mundial de handebol masculino. Os espanhóis já tinham sido campeões em 2005. "O time inteiro estava com a mentalidade de apenas curtir o jogo e não poderia ter dado mais certo. Todos jogaram bem, e ficamos convencidos de que poderíamos vencer", declarou Victor Tomas, um dos destaques da decisão. 

 

Hoje melhor do mundo, brasileira do handebol viveu drama da morte do pai e falta de dinheiro

Do UOL, em São Paulo 12.01.13


Alexandra em ação pela seleção brasileira de handebol nos Jogos Olímpicos de Londres

Alexandra em ação pela seleção brasileira de handebol nos Jogos Olímpicos de Londres

Ter sido eleita a melhor jogadora do mundo de handebol em 2012 não foi tarefa nada fácil para a ponta brasileira Alexandra Nascimento. Desde os tempos de amadorismo até a grande chance que teve na Europa, a atleta superou dificuldades e agradece até hoje a mãe por segurar algumas de suas buchas.

A hoje melhor do planeta tentou se aventurar no vôlei, basquete, futebol e até no remo nos tempos em que seu pai fora jogador profissional. Suemar Jorge do Nascimento foi lateral com passagens pelo Santos e Internacional de Limeira.

Então com 13 anos, quando já se destacava no handebol,  a ponta teve que lidar com a morte do pai e viu a família ter assim dificuldades financeiras. Faltava dinheiro para pegar a condução que a levaria de sua casa até os treinamentos no clube.

Foi aí que a mãe, Nelza Maria do Nascimento, chamou a responsabilidade e não deixou que a filha desanimasse. Em algumas ocasiões chegou a se deparar com Alexandra desmotivada e triste por achar que naquele dia não conseguiria ir para o treinamento. Então Nelza entrava em ação. Juntava dinheiro pedindo a amigos e vizinhos próximos. E chacoalhava a futura melhor do mundo para que não desistisse.

"Minha mãe trabalhava, e muitas vezes eu não tinha dinheiro para ir ao treinamento. Ela ajudava e juntava o dinheiro fazendo pedidos. Jamais eu escutei da boca dela que [a carreira como jogadora] não daria certo. Nunca ela falou pra eu desistir. Quando eu passava por isso, ela falava ´a gente não tem dinheiro agora, mas vamos conseguir´. Eis que quando eu estava chorando ela aparecia e perguntava ´não está pronta para treinar não?´ e aparecia com o dinheiro", contou a ponteira ao UOL Esporte.

"Tem coisas negativas [da vida pessoal] que me fizeram sofrer muito. Isso ajudou muito eu ser a pessoa que sou hoje", continuou.

Em 2000, já com 19 anos, ela saiu de Vila Velha (ES), onde morava com a família, para tentar seguir no esporte em São Paulo. Logo no ano de sua chegada, Alexandra foi convocada para a seleção brasileira júnior e em 2001 disputou o Mundial da categoria com a equipe. Além disso, foi eleita a melhor ponta direita da Liga Nacional.

A oportunidade na seleção adulta chegou logo depois, em 2002, quando ela novamente foi premiada como melhor jogadora do campeonato nacional em sua posição.

Em 2004, foi convidada para jogar em seu atual clube, o Hypo Niederösterreich, da Áustria. E as dificuldades não pararam, lembra a atleta."Teve muito choro. Eu acordava chorando, pois não sabia a língua, não sabia falar nada de alemão. E tive que sair dos braços da minha mãe de vez", se recorda.  Com o tempo, aprendeu a língua e tirou de letra a saudade. "Hoje eu paro, olho pra trás e dou risada de tudo isso. Mas consegui as coisas graças à ajuda da minha família."

Foi a primeira vez que uma jogadora do Brasil é eleita pela federação como a melhor do mundo. Alexandra, que já participou de três Olimpíadas (Atenas, Pequim e Londres), foi eleita com 28% dos votos e receberá a honraria em um evento no dia 27 de janeiro, em Barcelona, na Espanha. A atleta também receberá um prêmio de 10 mil euros (cerca de R$ 27 mil).

Espera que seu prêmio ajude a desenvolver o esporte no país. "Já tivemos melhoras no Mundial, Olimpíadas; estamos no caminho certo. Espero melhoras e que possa estar clareando as pessoas que gostam de ajudar o esporte e possam olhar o handebol com mais carinho. Não é fácil crescer sozinho. Temos que começar lá na escola. Tenho fé que o prêmio possa ajudar a acontecer como foi com vôlei e basquete, que se popularizaram no país."



 16/10/2012 

"Cuspiram em nós", diz astro do handebol francês acusado de fraude


Da EFE, na Redação Central
  • Nikola Karabatic foi acusado de envolvimento em apostas e manipulação de resultados

    Nikola Karabatic foi acusado de envolvimento em apostas e manipulação de resultados

Um dos maiores nomes do handebol mundial, o francês de origem sérvia Nikola Karabatic, do Montpellier, acusado de envolvimento em apostas e manipulação de resultados, questionou a veracidade das informações divulgadas pela imprensa sobre o caso.

"A imprensa me acusou, falou da minha família e de meu irmão mais novo de ter entregue uma partida. Eles cuspiram em nós", disse Karabatic, considerado o melhor jogador do mundo na modalidade.

Oito jogadores do Montpellier, entre eles seu irmão, Luka, estão sob suspeita por causa da derrota para o Cesson-Sévigné (31 a 28), acusados de terem recebido mais de 200 mil euros, após realizarem apostas contra sua equipe no valor de 70 mil euros.

O melhor jogador do mundo afirmou que a partida "não foi manipulada". Inclusive, foi acusado pela derrota mesmo sem ter ido ao estádio e ficar fora da partida por uma lesão.

"Nem sequer vi a partida pela televisão. Se querem explicações sobre o jogo, é ao treinador que vocês tem que perguntar", afirmou o central, estrela do esporte francês e atual campeão olímpico.

O jogador ainda declarou que desconhece o relatório da Polícia que o acusa de ter manipulado o jogo.

 

Seleção Brasileira Feminina de Handebol fatura o bronze nos Jogos da Juventude

SANTO ANDRÉ / SP – As Seleções Brasileiras Masculina e Feminina de Handebol entraram em quadra nesta madrugada com chances de voltar dos Jogos Olímpicos da Juventude com medalha. E a equipe feminina, comandada pelo técnico Morten Soubak, alcançou o feito e se despediu de Cingapura com o bronze ao vencer o Cazaquistão por 45 a 23. Já o time masculino enfrentou a tradição do handebol francês na disputa por um lugar no pódio e acabou superado por 40 a 27.

A partida da Seleção Feminina teve a brasileira Francielle da Rocha como artilheira. A jogadora marcou 13 gols e foi um dos destaques da partida. Também contribuindo bastante com a vitória apareceu Juliana de Araújo, que marcou 11 vezes. Os demais gols do Brasil foram marcados por Thayanne (4), Keila (3), Fernanda (2), Patrícia (3), Larissa (7), Hannah (1) e Mirian (1).

Conquistar uma medalha na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude deixou o técnico Morten Soubak orgulhoso. “Estamos muito felizes e satisfeitos por termos vencido o Cazaquistão. Essa primeira medalha olímpica do handebol nos deixa muito orgulhosos. É o resultado do trabalho que vem sendo realizado para colocar o Brasil definitivamente no cenário internacional”, disse o treinador, que é dinamarquês e trabalha no Brasil há cinco anos.

Na busca pela medalha de bronze no masculino, o Brasil enfrentou a forte equipe da França, referência no handebol, já que na categoria adulta, é a atual campeã europeia, mundial e olímpica. Nesta partida, o artilheiro brasileiro foi, mais uma vez, Arthur Malburg, com sete gols. Também marcaram Daniel Luz (1), Leonardo (4), Fúlvio (2), Fernando (3), Filipe (3), André de Sousa (3), André Leal (2) e Rodolfo (2).

Segundo o técnico Ivan Maziero, o Macarrão, faltaram alguns detalhes para que a Seleção Brasileira Masculina também subisse ao pódio. “A França é uma equipe muito forte e tem grande tradição no esporte. O fato de termos chegado a uma semifinal foi uma grande conquista e ganhar uma medalha iria coroar o nosso trabalho. Mas esses resultados negativos que tivemos na reta final mostrou que temos de trabalhar ainda mais para corrigir esses erros”, afirmou o técnico.

Na decisão pelo título, a Dinamarca levou a melhor no feminino e venceu a Rússia por 28 a 26. No masculino, o Egito venceu por 35 a 25 e ficou com a medalha de ouro, deixando a Coreia com a prata.

REGRAS DO HANDEBOL:  BAIXE O ARQUIVO

 

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Análise Pedagógica do Handebol de Areia (Beach Handball) POR FROFESSOR LUCAS LEONARDO

Introdução:

Você conhece o handebol de areia? Você sabia que o Brasil é uma das principais seleções (masculinas e femininas) nessa modalidade? Pois é, além de muitos títulos mundiais, na última edição da competição mundial, a equipe feminina saiu com um 3º lugar e a maculina com a Prata, mostrando assim que a cada ano a equipe tem conseguido se manter na elite mundial da modalidade.

O Handebol de areia é uma modalidade que, apesar de carregar o nome “handebol” possui diferenças significativas se comparada ao “handebol de quadra”.

Essas mudanças iniciam-se pelo número de jogadores em quadra. Enquanto que no handebol de quadra, temos 7 jogadores, dos quais 1 deve ser um goleiro, no handebol de areia esse número é diminuído para 4 jogadores dos quais 1 é o goleiro. A quadra também é substancialmente menor.

Figura 1. Dimensões da quadra de “Handebol de Areia” e área do holeiro em formato diferente - uma possibilidade para exploração pedagógica

Figura 2. Distribuição Clássica de Jogadores na Quadra - Goleiros não participam da contrução do ataque

Figura 3. Distribuição Clássica de Jogadores no Handebol de Areia - Verificar o goleiro participando da construção do ataque

Além desses números reduzidos, nesse jogo, finalizações com características “malabarísticas” (giro de 360°, gols de “ponte aérea” e cambalhotas no ar) e o gol de goleiro têm um valor dobrado, logo, valem 2 pontos.

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=RuX39Od1LOA]

Vídeo 1. Lances de Ponte Aérea

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=R6ZiMXNg1nM]

Vídeo 2. Gols com giros de 360°

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=6kBvnDeo9mg]

Vídeo 3. Gol de Cambalhota

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=laQVLO34UNg]

Vídeo 4. Gol de Goleiro

Outras regras diferenciadas regem essa modalidade, mas com essa descrição básica, é possível caracterizar o handebol de areia para esse artigo.

Objetivos

Esse artigo vem mostrar como a organização lógica do handebol de areia pode ser útil no processo pedagógico do handebol.

Será analisado como tais diferenças citadas anteriormente - tamanho de quadra, número de jogadores em quadra e as regras que incidem sobre os goleiros poderem fazer gols com valor dobrado - podem contribuir para enriquecer ainda mais o processo de aprendizagem do handebol de quadra.

A possibilidade de transferência de aprendizado:

Scaglia (2003), através do seu estudo dos jogos de bolas com os pés, defende a idéia de que a aprendizagem do jogo deve valorizar em seu processo a vivência de jogos que pertençam à mesma “família de jogos”. Ou seja, o processo de ensino-aprendizagem deve possibilitar ao aluno vivenciar jogos que sejam capazes de levar adaptações positivas, de ordem lógica e das ações, a outros jogos.

Sob a perspectiva das “famílias de jogos”, jogo passa a ser analisado como uma unidade complexa, cujos elementos que o constituem - os jogadores, as condições externas, as estruturas motrizes e as regras do jogo - interagem entre si simultaneamente.

A partir dessas relações, é possível observar a aprendizagem de conceitos que além de serem específicos àquele jogo, passam a ser transferidos para outros jogos, de modo a influenciar positivamente as ações do jogador neste novo jogo, desde que entre esses jogos haja semelhanças dos padrões organizacionais e lógicos, ou seja, desde que eles pertençam à mesma uma “família de jogos”.

Scaglia (2003) dá a essas capacidades aprendidas e capazes de transferência para outros jogos, o nome de “emergências”, pelo fato de emergirem de um jogo para outro, de maneira a possibilitar adaptações positivas de aprendizagem de jogo para jogo.

Os Jogos Desportivos Coletivos podem, sob essa perspectiva, serem considerados como uma “família de jogos”, devido à presença de princípios em comum, que podem ser transferidos de uma modalidade para outra.

Essa característica de transferência de aprendizado, Bayer (1992) chama de transfert. Segundo o autor, essa transferência está associada principalmente aos fatores organizacionais que são comuns à maioria dos Jogos Desportivos Coletivos.

Esses fatores são denominados por Bayer (1992) de “Princípios Operacionais do Jogo”, que podem ser descritos por seis princípios que estão presentes à todas as modalidades desportivas coletivas com característica de invasão de campo, sendo esses princípios:

Ofensivos

Manutenção da Posse de Bola;

Progressão da Bola e da Equipe ao Campo Adversário;

Finalização ao Alvo;

Defensivos

Recuperação da Posse de Bola;

Impedir a Progressão da Bola e da Equipe ao Próprio Campo;

Proteção do Alvo;

Ao observar esses princípios destacados por Bayer (1992) e pensá-los para qualquer modalidade coletiva, podemos perceber a existência de cada um deles nessas modalidades, podendo portanto, concluir que o futebol, basquete, râguebi, hóquei, o handebol (dentre outras modalidades) podem ser considerados de uma mesma “família de jogos” sob a ótica organizacional.

No caso do handebol e do handebol de areia, isso fica ainda mais claro, principalmente por fatores ainda mais semelhantes os aproximarem, que os caracterizam como um jogo de handebol. Se você tem dúvida disso, veja o vídeo abaixo que mostra um pouco do que é o handebol de areia:

[youtube=http://br.youtube.com/watch?v=x3elnUlmYI4]

Vídeo 5. Um Pouco de Handebol de Areia

Pensando sobre a lógica da “família de jogos” o handebol de areia e o “handebol de quadra” acabam por ser modalidades que, além da transferência dos aspectos organizacionais (princípios do jogo) apresentam a característica de serem jogos de bolas com as mãos, com um alvo que é protegido por uma área exclusiva (área do goleiro).

Seguindo a idéia defendida por Scaglia (2003), ambos, como jogos de uma mesma família (poderíamos usar o termo “jogo de bolas com as mãos”), são capazes de possibilitar ajustes de aprendizagem (emergências) que beneficiem tanto um jogo quanto o outro.

Portanto, o aprendizado do handebol é capaz de regular positivamente o handebol de areia (como é o caso hoje, que muitos jogadores de handebol acabam migrando para o handebol de areia) e o aprendizado do handebol de areia é capaz de regular positivamente a aprendizagem do handebol de quadra.

Utilização Pedagógica da Lógica do Handebol de Areia para Aprendizagem do Handebol de Quadra:

Conforme destacado na introdução desse artigo, analisaremos como a mudança do número de jogadores, a redução do tamanho da quadra e a possibilidade do goleiro fazer gols que valham 2 pontos, podem ser transferidas positivamente no processo pedagógico do handebol.

A aplicação de um jogo com as seguintes regras: jogo com 3 jogadores de quadra e 1 goleiro, em espaço reduzido, dando ao goleiro a possibilidade de marcar gols valendo 2 pontos; cria a demanda de um jogo com particularidades pedagógicas muito interessantes.

1. A realização de pequenos jogos em ambientes de treinamento e pedagogia do esporte amplia as possibilidades dos jogadores em vivenciar com maior especificidade as ações que o jogo formal (em nosso caso handebol de quadra);

2. O jogo é jogado com um número menor de jogadores, mas que cria a oportunidade de resolver os problemas do jogo de maneira bastante análoga ao jogo de handebol de quadra, pois, uma situação mínima de 3×3 dá ao jogador em posse de bola, a oportunidade de, além de tomar atitudes táticas individuais, ter o apoio de mais de um jogador em sua equipe, tornando o jogo mais complexo do que, por exemplo, um jogo de 2×2, em que as opções de apoio tornam-se limitadas, diminuindo o grau de dificuldade do jogo e tornando-o menos imprevisível;

3. A diminuição do tamanho da quadra em detrimento de um menor número de jogadores possibilita que a “intensidade tática” para execução das ações mantenha-se alta, pois uma quadra grande com poucos jogadores diminuiria a carga para a resolução dos problemas, enquanto que a quadra diminuída mantém essa carga em altos níveis, aproximando-o ao do jogo formal;

4. Reforçar o fato de que o goleiro pode realizar gols que valem dois pontos cria a possibilidade de o goleiro arriscar-se a jogar como jogadores de quadra, algo que o goleiro que joga o handebol de quadra também pode realizar - fato muitas vezes esquecido pelos Professores de handebol.

Com jogos que estimulem essa participação dos “goleiros” do jogo em atuar na linha, além de vivência das ações específicas do goleiro, o jogador também realiza as ações gerais do jogador de handebol, que consistem na participação das ações ofensivas e defensivas do jogo.

Esse é um ponto importantíssimo a ser destacado nesse artigo que trás a utilização de jogos análogos ao handebol de areia nas aulas de handebol, pois é uma forma de estimular a participação de alunos/atletas no gol, mas sem que haja o esquecimento do ensino das ações de quadra e, portanto, fugindo do problema da especialização precoce desses jogadores.

5. Ao estimular do goleiro a atuar na quadra, cria-se uma situação de sobrecarga numérica de jogadores de ataque em relação aos jogadores de defesa (4×3), situação essa que facilita as ações ofensivas e dificulta as tomadas de decisão defensivas.

Figura 4. Estrutura do Jogo com a Atuação do Goleiro como Jogador de Quadra.

Dessa forma, é um estímulo aos jogadores de defesa procurar melhores opções defensivas (bom para a etapa de adaptação da marcação individual para a marcação em zona).

Do ponto de vista ofensivo, esses jogos mostram como a sobrecarga numérica é algo importante de ser buscada no ataque, criando a possibilidade dos alunos transferirem ações coletivas que potencializem a situação de sobrecarga numérica em outros jogos (como o próprio handebol formal) vivenciados no processo de ensino-aprendizagem.

Conclusões:

Tendo em vista um processo pedagógico do handebol de qualidade, deve-se potencializar a utilização de jogos que cujas “emergências” aprendidas sejam capazes de ser transferidas para outros jogos, e dentre eles o próprio handebol.

Conhecer o handebol de areia e analisá-lo como mais um jogo da “família de jogo de bolas com as mãos”, pode possibilitar a utilização de regras semelhantes para a criação de jogos que estimulem novas situações a ocorrerem naturalmente no percurso do jogo, possibilitando o exercício da criatividade e da solução de problemas semelhantes aos presentes no handebol de quadra.

Bibliografia:

BAYER, Claude. La Enseñanza de los Juegos Deportivos Colectivos. 2. ed. Barcelona: Hispano Europea, 1992.

SCAGLIA, Alcides José. O Futebol e os jogos/brincadeiras de bola com os pés: todos semelhantes, todos diferentes. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação Física, Campinas, 2003. [clique aqui]

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 
 

 

 

 

21/05/2010 - 14h06

Unopar vence a 1ª e acaba Mundial interclubes na 5ª colocação

Do UOL Esporte

A Unopar Londrina/Sercomtel conquistou nesta sexta-feira a sua primeira vitória no Mundial interclubes em Doha, no Qatar. Fora da disputa pelo título, a equipe paranaense entrou em quadra pela disputa da quinta colocação e venceu o Estrelas do Sul por 31 a 16.

Na primeira fase, a Unopar havia perdido para o Al Zamalek, do Egito, por 31 a 29, e para os espanhóis do Ciudad Real por 40 a 19. Os resultados negativos deixaram o time fora da semifinal.

Nesta sexta, o representante brasileiro começou muito bem e acabou o primeiro tempo com a ótima vantagem de 16 a 8. Com isso, as ações da Unopar foram facilitadas e o time soube administrar muito bem o placar até o final.

Na final, o Ciudad Real, da Espanha, derrotou o Al-Sadd, do Qatar, por 30 a 25 e levou o título da competição. Enquanto isso, o Al-Zamalek venceu o Al-Sadd libanês por 33 a 22 e acabou na terceira colocação do torneio.

ALGUNS LINKS INTERESSANTES: 

http://www.ihf.info/front_content.php?idcat=57

http://www.brasilhandebol.com.br/

http://www.cob.org.br/home/home.asp

http://ricgon.sites.uol.com.br/

http://www.ulbrahandebol.cjb.net/

http://www.metodista.br/handebol

http://www.ligahandebol.com.br/

http://handebolbrasil.net/

http://www.pedagogiadohandebol.com.br/

A história do handebol
Homero, na Odisséia, foi quem primeiro citou o handebol; depois foram os romanos; mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje.

 A bola é sem dúvida um dos instrumentos desportivos mais antigos do mundo e vem cativando o homem há milênios. O jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”. Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por rapazes e moças. Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (“esprés jouaiant à balle, à la paume”). Em meados do século passado (1848), o Prof. dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época dos tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do handebol. Todavia, o handebol como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol.
 
O período da primeira Grande Guerra (1915 a 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando o Prof. de ginástica Berlinense Max Heiser, criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do “Torball” e quando os homens começaram a pratica-lo o campo foi aumentando para as medidas do futebol. Em 1919, o Prof. Alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu
nome para “Handball” com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou o jogo como competitivo para a Áustria, Suíça além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tomou o jogo como desporto oficial. Cinco anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o 1º jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 a 3. Na reunião de agosto de 1927 do Comitê de Handebol da IAAF adotaram as regras alemãs como as oficiais, motivando a que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de países praticantes, o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu no dia 4 de agosto de 1928, no Congresso de Amsterdã, quando 11 países escolheram o americano Avery Brudage como membro da Presidência da FIHA.  

O COI então decidiu em 1934 que o handebol seria incluído nas olimpíadas de Berlim de 1936, o que realmente aconteceu com a participação de 6 dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6, perante 100.000 pessoas no Olympia Stadium de Berlim. Dois anos mais tarde, também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no salão (apenas 4 concorrentes). Tão logo terminou a Guerra
Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual Federação Internacional com sede na Suécia sob a presidência do sueco Costa Bjork. Em 1950 a sede da IHF mudou-se para a Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) em 1949 (para mulheres). No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1954. Por razão climática, falta de espaço pela preferência do futebol e pelo reconhecimento de que era mais veloz, o handebol de salão passou a ter a preferência do público e a modalidade se impôs, a ponto de ser suspensa a realização de campeonatos mundiais de campo, desde 1966. Hoje, o handebol leva multidões aos ginásios, principalmente na Europa, onde os grandes astros são bem pagos e reconhecidos.  

O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais e olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino. União Soviética, Iugoslávia, Alemanha Oriental e Ocidental, Suécia, Dinamarca, Hungria, Romênia e Espanha são destaques na Europa. Nos outros continentes a Coréia, Japão (Ásia). Argélia e Tunísia (África) e Cuba, Estados Unidos, Brasil (América) têm obtidos melhores resultados em ambos os sexos. 

Handebol no Brasil
O handebol, até a década de 60, ficou restrito à São Paulo; depois começou a ser praticado em escolas de todo o Brasil

Em nosso país, o handebol como modalidade de campo, foi introduzido em São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30, tendo a Federação Paulista sido fundada em 1940 realizando competições desde então. Atualmente só os campeonatos da modalidade de salão vem sendo disputada. O handebol ficou restrito à São Paulo até a década de 60, quando o Professor Augusto Listello (francês) no curso internacional de Santos o mostrou a professores de outros estados em forma didática. Esses professores então o introduziram em seus colégios e assim começou a ser praticado em outros estados. Em 1971, o MEC, em face ao seu crescimento nas escolas inclui o handebol de sete entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso o handebol disseminou-se em todo o território nacional, com vários estados dividindo à partir daí os títulos nacionais.  

Em 1973 a antiga CBD fez disputar em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte em Fortaleza iniciou-se a competição para adultos. Como também outros estados além de São Paulo passaram a disputar as competições de handebol, em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol, foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da entidade. Nos Jogos Pan-Americanos de 1999, realizados em Winnipeg, Canadá, o Brasil conquistou a medalha de ouro no feminino, e de prata, no masculino. Em São Paulo, o Handebol é uma das modalidades mais praticadas, principalmente no meio estudantil. Os campeonatos promovidos pela Federação Paulista de Handebol, com excelente organização e índice técnico, têm levado grande público aos ginásios, com jogos transmitidos pela ESPN-Brasil para todo o Brasil.

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